segunda-feira, 28 de junho de 2010

Saudade: um mal necessário (?)

Sempre escrevendo meus textos, tento usar a técnica da dialética pra me sentir mais confortável. Abordo assuntos pelos quais me interesso e vivencio a cada dia, e deles, tiro conclusões minhas e coloco nos textos como uma forma de desabafo. Em quase todos os textos tento falar da parte negativa e também da parte positiva de cada um desses assuntos. Quando falamos em saudade... Fica difícil achar um lado bom. Um sentimento que dói, que aperta, que faz chorar; parece um buraco no coração que só aumenta, e não tem fim, nunca... Na minha concepção é a pior dor, a dor da saudade. Esse sentimento se explica pela ausência de uma coisa que você possuía e já não tem mais: seja um bem, uma pessoa, ou até mesmo um sentimento. Quando essa saudade é irreversível, nossa, como dói. Quando não teremos mais aquilo que faz TANTA falta de volta, e temos plena consciência disso; não tive tantas perdas drásticas em minha vida, graças a Deus, by the way, mas já presenciei a de pessoas muito queridas, e me doeu como se fosse comigo. Mesmo não sendo tão intensa, a saudade em qualquer grau é dolorosa, e cada um de nós com certeza já sentiu essa dor, pelo menos uma vez na vida. É aquele vazio sem fim... Que te consome a cada minuto em que você lembra que não tem mais o que há pouco tempo você idolatrava, ou amava, ou apenas gostava - como eu já disse, a saudade é uma dor que independe da intensidade. Entretanto, existe aquela saudade gostosa de sentir. Mesmo que seja uma saudade irreversível, é muito boa a sensação de lembrar de coisas muito legais que já nos aconteceram no passado; cada uma dessas lembranças constitui o nosso eu. Nós somos um quebra-cabeças, que ao longo do tempo é montado, pedaço por pedaço, e cada pedacinho desse é uma lembrança. A lembrança pode ser de um fato, ou de algo que você aprendeu com alguém e resolveu guardar pra si, pra conseguir formar uma pecinha e com o tempo acrescentar no quebra-cabeça que é você, que é a sua alma. Essa saudade gostosa de sentir, a saudade que nos ensina muitas coisas. Nos ensina a dar valor pra aquilo que não dávamos antes. Quando podemos ou não voltar atrás... De vez em quando ainda dá tempo de consertar esse erro, contudo, às vezes, infelizmente é tarde demais. Mas, de qualquer forma, serve-nos de lição. Finalmente, a maior vantagem da saudade pra mim é o espaço que nos é dado quando a sentimos. Mais uma vez, minha cabeça borbulha com os pensamentos do homem que me trouxe ao mundo, e tirei de seus pensamentos uma lembrança muito especial, que muito me fez aprender; é uma concepção confortável, que organizou os pensamentos que nunca consegui pôr em ordem. Por que, tratando-se de relacionamentos amorosos, tem uma hora em que necessitamos sentir saudade? A nossa percepção é que, quando ficamos sozinhos, temos tempo pra nos entender. Sozinhos, mesmo. Não se trata de ficar solteiro, com o objetivo de se relacionar com outras pessoas. Sozinho: você, sua mente, seu coração, e sua alma. O relacionamento mais saudável que podemos ter na vida, é com nós mesmos. Estando de bem com você, você fica de bem com tudo. Não importa se o céu está nublado, ou se o sol está de queimar os miolos, quando você se entende com você mesmo, o dia fica SEMPRE lindo. E é daí que vem a parte boa da saudade nesse âmbito... Quando ficamos sozinhos, temos tempo suficiente pra ficar tão bem, que transbordamos de amor. Transbordamos, mesmo. É tanto amor, tanta alegria, tanta plenitude, que temos vontade de compartilhar com quem amamos. E é essa a origem da saudade, é quando precisamos doar um pouco desse amor para alguém; e aí, quando encontramos a pessoa com quem queremos compartilhá-lo, fica tudo perfeito nos primeiros momentos, até o tempo que precisamos estar de bem conosco para sentir-nos cheios de amor novamente. Por isso, a distância entre casais nem sempre é ruim. Aliás, não é ruim. O segredo é saber lidar com isso, e perceber que ficar sozinho tem muitos lados positivos; um deles, é se reabastecer daquele todo amor que queremos divir com alguém. Querer ficar longe não significa não gostar, só significa que precisas de um tempo pra você.
Então, se permita sentir saudade. É saudável pro coração; a alegria, o amor e a plenitude são estados de espírito alcançados somente numa luta de você com você mesmo. A saudade se mostra cada vez mais um mal necessário... Que quase sempre dói, e sempre, sempre ensina-nos alguma coisa. Seja amar mais ao próximo, dar mais valor a quem amamos, ou dar mais valor à uma coisa que todo mundo gosta de sentir, mas quase ninguém sabe o que significa. Essa coisa de ficar sozinho, e em consequência ficar bem com a sua própria alma, se sentir completo só de estar com si mesmo. Isso chama-se solitude. É o que precisamos viver pra sentir amor, ser amor, estar cheio de amor. Afinal, como podemos dar uma coisa que não possuímos ? E a saudade se mostra tão necessária quanto esse sentimento, pois nos faz perceber que as coisas mais lindas da vida estão bem pertinho, e às vezes não reparamos - com a exceção do momento em que nosso coração é invadido pela saudade. Seja ela muito cruel ou não, acredita: ela é necessária.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Revolução das Expectativas Ascendentes

É um fenômeno social cientificamente provado e de grande repercussão, que nos ocorre a todo instante sem que percebamos, explicado através daquela sensação que temos de sempre querer mais e mais, sem trégua; não importa quanto tenhamos, ou que qualidade essa coisa possua... Esse sentimento é um poço sem fundo, uma doença sem remédio que só nos deixa uma opção: saber lidar e conviver com isso. Podemos exemplificar de várias formas, uma delas é tratando do lado financeiro. Começamos ganhando um pequeno valor, e no início conseguimos nos virar com ele. Depois, começamos a contrair dívidas que este valor inicial não cobre; nos esforçamos e conseguimos ganhar um pouco mais, e a sensação de conforto que este fato nos proporciona nos faz pensar que temos a liberdade de gastar um pouquinho mais... E por aí vai. Ou quando nos mudamos para uma nova casa, no começo tudo é lindo. Mas aí depois queremos fazer novas mudanças, algumas obrinhas BÁSICAS com o objetivo de melhorar o que já está perfeito. Quando contratamos uma empregada (passei por isso semana passada, quando demitiram a minha), ah... Essa é clássica! No comecinho a faxina é impecável. A comida é uma delícia, a sua roupa nunca foi tão cheirosa. Depois de três meses você começa a querer uma casa mais limpa, uma comida mais gostosa... Porque aquele robô que trabalhava pra você há três meses, virou uma pessoa de verdade aos seus olhos, já que estes já são acostumados com tamanha perfeição. É... É assustador analisar pelo lado que isso acontece todo dia, a toda hora. Não basta se seu carro é o carro do ano. Depois que você passa 5 anos pagando o carro E o seguro, você cisma que só acha realmente esse carro O carro se ele for rebaixado e se depois de outros supérfluos que em sua concepção, são detalhes cruciais. Não é suficiente se o seu CR na faculdade é 70... Se o máximo é 100, por que não se esforçar mais um pouco? E é aí que começa o lado bom da coisa. Se não fosse esse senso de "querer sempre mais", a humanidade perderia a graça. Nossas conquistas ficariam estagnadas num mar de acomodações, ou simplesmente, não haveria conquistas. Essa síndrome de não-satisfações que atinge a todos os seres humanos normais, é que dá continuidade ao processo de motivação, de evolução humana, de desenvolvimento de todas as coisas que existem. Por isso quem pensa que é ruim sentir que está sempre faltando alguma coisa, cometeu um grande equívoco. Pelo contrário: parabéns a todos os que se sentem assim, pois são os mesmos que fogem da estagnação e tentam cada dia aprimorar-se, com o objetivo de ter, fazer, sentir e ser cada vez melhores, o que motiva outras pessoas também a o fazerem, e esse processo desencadeia num outro, que todos buscamos sempre, em qualquer sentido, e que chama-se evolução.

terça-feira, 22 de junho de 2010

A amizade..

Amizade (a-mi-za-de)
s. f.: Afeição, estima, dedicação recíproca entre pessoas do mesmo sexo ou de sexo diferente: laços de amizade. Amor.

É reconfortante demais olhar pro lado e saber que tem pessoas ao seu redor que te amam, que te admiram, que cuidam de você, que sempre estarão lá pra qualquer momento em que você precisar; essas pessoas, geralmente, são aquelas que chamamos de amigos. Há muitos que falam, principalmente os membros de nossa família por motivos óbvios:" amigo de verdade é só pai e mãe". Não é que eu discorde, até porque meus pais são tudo pra mim. Mas há aqueles amigos que sabemos que também são de verdade, e aprendemos a distinguí-los através de métodos empíricos, pelo menos comigo foi assim. Existem amigos de copo, de night. Aqueles que estão contigo sempre que você precisa... precisa beber, precisa sair, precisa falar besteira, precisa de alguém pra encher a cara até cair. Há os amigos que chamamos de amigos só porque gostamos de estar perto, mas que no fundo você não consegue confiar plenamente. Tem também aqueles que você arranja no primeiro dia do último ano do colégio, e a pessoa vira tua amiga até o fim... até o fim do ano. Daí pra cá, acaba e você nunca mais vê, nem sabe que fim levou a amizade, muito menos a pessoa. E, finalmente, existem os melhores amigos. Aqueles que você conta no dedo. Aqueles que você escolhe pra estarem do seu lado em cada momento... em cada aniversário, em cada sexta-feira, em cada tristeza, em cada alegria. São a eles que recorremos quando precisamos chorar, xingar a namorada do ex, falar mal de todo mundo, quando temos que compartilhar assuntos de família que saturam a nossa mente, quando precisamos encher alguém de orgulho além dos nossos pais com alguma conquista nossa, também quando precisamos beber até cair, sendo que dessa vez precisamos deles pra cuidar da gente, ou também pra ir pra night. Esses, que são os verdadeiros amigos, são para TODAS as horas. TODAS. São aqueles que, não importa quanto tempo passe ou que coisas aconteçam, eles estão lá. São eles que, por mais que você fique sem ver ou até mesmo falar por um ano, quando vocês se encontram, a confiança e a afinidade mostram-se inabaladas. Isso é o que chamo de amizade; um sentimento recíproco de respeito, confiança, amor, e que é incondicionalmente inabalável e irreversível. As pessoas passam, as épocas passam, a escola passa, a faculdade passa... os erros, os acertos, as conquistas... E eles estão lá, com você, firmes e fortes. E não encho minhas mãos contando nos dedos os amigos que posso contar em todas as horas. Mas me orgulho disso porque sei que escolhi bem, cada um deles. Já sofri decepções por errar nas escolhas... Mas estas me ajudaram também a aprender a dar valor àqueles que sempre me respeitaram, e me consideraram sempre, como uma amiga. Eu tenho melhores amigos de várias espécies, por assim dizer. Alguns de infância, outros que da primeira vez que conversei, já soube que poderia contar por muitos e muitos anos. Quando sabemos que essa relação de dedicação é baseada nos sentimentos mais puros e belos que existem, sem maldade, onde a base do relacionamento é a ingenuidade e confiança, podemos rotular uma amizade como eterna. E não dá pra entender, nem explicar com palavras; isso se sente. Por isso, é tão difícil escrever um depoimento pra um amigo muito próximo, uma homenagem, uma descrição sobre ele. O que sentimos é caracterizado por uma sensação tão especial, que é quase impossível encontrar algum tipo de linguagem que pode chegar perto de descrever. Bom... Só tenho a agradecer a cada dia por saber que não estou sozinha; que conquistei pessoas incríveis ao longo do tempo que se mostraram heróis, em todos os momentos que precisei, e os que não precisei também. É a melhor sensação do mundo você perceber que por mais que não estejam ali do ladinho o tempo todo, os corações estão sempre próximos... os ombros estão sempre lá esperando pra você chorar, os colos pra você deitar, os olhares pra você se acalmar, e as mãos, sempre prontas para que você possa segurar. E essas pequenas coisas, queridos amigos, definem pra mim o sentido puro e simples do sentimento mais lindo do mundo, que vocês me proporcionam a cada segundo da minha vida: a amizade. Obrigada, a cada um de vocês, por tudo. =)
Rosane, Gilmar, Helena, Paty, Patrícia, Renata, Matheus, Thainá, Yuri, Yasmin, Pepper, Camila, Sergio, Aninha, Nathália, Anna Paula, Fernanda, Pedro Henrique, Thomás, And, Bárbara, Alexandre, Ana M., Karol, Pedrão, Bruno, Victória.
Vocês são ETERNOS!

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pátria amada, Brasil

É... na Copa do Mundo todo mundo vira patriota. Os que se dizem torcedores natos de sua nação, principalmente, vestem a camisa, não perdem um jogo, gritam, berram, choram, xingam o juíz e todas aquelas coisas que um bom torcedor faz. E o detalhe mais interessante nesse fato, é que isso ocorre apenas de 4 em 4 anos. Quando o país não anda em ritmo de Copa, ao som das vuvuzelas e iluminado pelas camisetas verdes, amarelas e azuis, com milhares de casas enfeitadas com enormes bandeiras, ninguém se lembra de verdade o que é ser brasileiro. Poucos brasileiros sabem sequer a data de independência do Brasil, quando nos tornamos realmente um país, uma nação. E para quem pensa que isso não é importante, vai a notícia: estão redondamente enganados. É de extrema importância conhecer a história e origem do seu próprio país, entender o porquê do brasileiro ser um povo tão sofrido, e em reflexo disso, tão feliz. De onde vem essa felicidade se nosso povo sofreu tanto? Os sorrisos que abrimos para qualquer um que nos venha dar '' bom dia '', seja em português, em inglês, em alemão, em russo, em qualquer idioma.. o nosso povo sempre se desdobra pra atender qualquer um que venha pedir ajuda. De onde saiu tanto orgulho de ser, de sorrir, de cantar a alegria de ser um brasileiro? Essa pergunta pode ser respondida sob diversos aspectos, basta ter um pouquinho de senso e tentar imaginar. Berço da miscigenação, o Brasil apresenta essa característica marcante de fazer festa em qualquer que seja o acontecimento. Isso pode ser bom, e como tudo na vida, tem seu lado também muito ruim. O mundo inteiro quando vem ao Brasil tem vontade de voltar, em sua maioria, exatamente por sermos um povo tão simpático, hospitaleiro, receptivo. No carnaval o país pára, porque é festa todo dia, a toda hora. O ano todo é assim... Temos um povo festeiro que ama comemorar seja lá qual for a circunstância. Presenciei um fato de característica negativa nesse quesito. Participei de uma passeata pela não-promulgação da Emenda Ibsen, no Centro da cidade; fui acompanhada de um amigo, tão revoltado quanto eu perante absurdo tão grande. Ao chegar, escutei de longe a música proveniente dos 5 carros de som que lá estavam. Dois tocavam funk, dois tocavam axé, e um era da parada Gay. Pela estatística dos jornais, havia mais de 1 milhão de brasileiros ali. E sabem como? Dançando, gritando, rebolando até o chão. Enquanto deveríamos estar gritando pelos nossos direitos, exigindo a nossa parte do trabalho petrolífero. Mas tenho certeza absoluta que nem terça parte presente lá tinha apenas uma ideia do que se passava. Porque se tivessem, estariam fazendo realmente uma passeata, com caráter revolucionário, e não abrindo mais e mais sorrisos pro acéfalo que criou essa Emenda. Isso é revoltante. Me interesso muito por assuntos da História brasileira, e me decepciona comparar o povo de hoje em dia com o do longo da história... Antigamente todos iam para as ruas, tudo era motivo de revolução; era um povo guerreiro, com característica exigicionista, que brigava pelos seus direitos porque sabiam que realmente tinham aquele direito. Hoje já não ligamos mais pra nada; o que o governo decidir é o certo, o que a política fizer é o certo, porque os políticos são realmente uma raça inteligente e incorruptível. A política é uma ciência incrível, porém é distorcida pela corrupção. O cargo de presidência da República não exige formação... Pra chegarmos a esse ponto, realmente, a evolução nacional vai bem. (Y) E, com tudo isso, ainda consigo amar a minha pátria de alma e coração, e ter orgulho do povo do qual faço parte. Queria poder fazer todos se mexerem em prol de melhoras, mas como não posso, vou me mexendo sozinha e tentando convencer os mais próximos a me acompanhar. Mas, se essa ficha só cair de 4 em 4 anos, fica cada vez mais difícil do Brasil andar... É necessário lembrar da nossa nacionalidade a cada dia, a cada sorriso que abrimos um para os outros pelo simples fato do dia estar ensolarado, ou só porque simpatizamos com o semblante da pessoa próxima. Com tudo isso, desejo ao Brasil e à sua seleção uma boa sorte nessa Copa... Que o troféu do Hexa nos faça ter cada vez mais orgulho desse país que nos pertence, que fez tantas conquistas em 510 anos de vida.
'' E o teu futuro espelha essa grandeza, terra adorada, entre outras mil, és tu Brasil, ó pátria amada. Dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil!"

domingo, 20 de junho de 2010

Na confusão do dia-a-dia..

Às vezes me pergunto porque paro tanto pra pensar nas coisas. Me faz muito mal aprofundar meus pensamentos em alguns assuntos, pelo simples motivo de que na maioria das vezes não encontro as respostas pra todas as perguntas; me incomoda loucamente, parece que pinica lá na alma não ter explicação para certas coisas. Ultimamente isso tem acontecido muito, mas com um assunto que realmente só eu sei entender. Por exemplo, pra tentar me expressar melhor: me pergunto porque às vezes nos desesperamos quando dá 19:00 de um sábado, e ainda não decidimos ir à lugar algum. Bate aquele desespero do tipo '' caraca, sábado á noite e eu vou ficar em casa ''. E aí a gente decide de última hora o que fazer, saímos, gastamos dinheiro, hipoteticamente nos divertimos, e voltamos pro mesmo lugar onde estávamos há 5 horas atrás quebrando a cabeça. Bem, e aí? Depois, não vale mais a pena... As únicas coisas que ainda restam são as lembranças de ontem à noite (isso quando lembramos de alguma coisa), ou as fotos, ou algo assim. Será que valeu a pena gastar tempo e dinheiro? Está cientificamente provado que o ser humando só consegue pensar em dois tempos conjugais: passado e futuro. Ou lembramos de algo que aconteceu, ou no agora estamos pensando no que fazer amanhã, ou se o que estamos fazendo nesse exato momento refletirá em algo no futuro... E é daí que vem esse meu probleminha. Tenho tido dificuldade imensa de viver o presente, e de achar o porquê de fazer tantas coisas. Parece meio sem sentido, e é muito difícil tentar colocar o que sinto em palavras, mas tentei da melhor forma possível... Converso muito com uma pessoa que me aconselha todos os dias, religiosamente, a viver com mais intensidade cada momento. Na teoria, é lindo demais aproveitar cada minuto de nossas vidas. Mas na prática é tão difícil quanto resolver um problema de física com dor de cabeça oriunda de ressaca. Enfim... essa pessoa me diz que é um processo difícil realmente, conseguir se desgarrar de lembranças passadas e preocupações futuras pra conseguir prestar atenção no que estamos a fazer no momento em que estamos fazendo. Eu, agora, por exemplo. Até me encontro concentrada nesse texto, mas já estou pensando no que comer no jantar daqui a pouco, ou se daqui a 2 minutos quando eu tentar postar o texto vai dar erro na página da internet e tudo que aqui estou desabafando vai ser em vão. Essa pessoa, que foi o homem que contribuiu na minha vinda ao mundo, tem uma teoria que é interessante, mas é meio confusa, e por isso não consigo seguí-la. Ele acha que pra conseguir ver o presente, temos que nos separar do nosso corpo e conseguir ver a nossa vida de fora. Tipo, como se pudéssemos deixar a matéria e olhar de cima tudo que está se passando naquele momento, para perceber como é bom tudo que estamos fazendo, e conseguir pensar que daqui a 1 minuto aquilo já não existe mais, que nunca mais aquilo vai se repetir... Seria uma maravilha se todos pudessem fazer isso. Talvez casais parassem de brigar tanto, pais, filhos, irmãos, ah... todo mundo ia pensar duas vezes antes de reclamar de alguma coisa, ou simplesmente não aproveitar um momento que está sendo maravilhoso, por estar com a cabeça a dois dias na frente. É, isso tem me pinicado bastante, todos os dias. Mas fico feliz... de repente pensando nisso, o tempo todo, encontro uma explicação pra tal incômodo. Mas se eu pudesse dar uma dica ao mundo seria: tentem com todas as suas forças viver o presente. Por vocês, pelo mundo, pela alegria de cada um. Quando estamos plenos no nosso agora, podemos viver com mais intensidade cada momento que está por vir, assim como podemos lembrar com um gostinho de felicidade cada minuto bom que vivemos no passado...que já vira passado um segundo após o agora.